Inpirado pela pop art e pela linguagem dos cartazes russos, o designer gráfico Eduardo Denne, idealizador do festival de poster e sticker art Parede, criou o projeto de arte de rua educativo Cultura de Rua (CDR), que presta uma homenagem a 24 ícones da cultura brasileira, alguns deles hoje esquecidos. “Eu criei o CDR porque não conseguia aceitar o fato de colegas de faculdade que desconheciam quem foi, por exemplo, o poeta Gentileza”, conta pelo msn.
A turma esperando a parede
O projeto tem potencial educativo de infinitas possibilidades: em oficinas de stêncil nas escolas que unem educação artística e história, com resgate da memória brasileira, em figurinhas para bater bafinho cultural, stickers para espalhar, cartazes e cartilhas com todos as figuras e suas fichas. Alguém do Ministério da Educação lê este blog?
Elis Regina bem gracinha.
No continue reading deste post, colei 22 personagens, em tamanho bacana para download e impressão, caso você anime espalhar a cultura nacional na sua vizinhança. Temos duas camisetas – uma da Carmem Miranda, outra com todos os personagens juntos – e dois pôsteres bem grandes do Mané Garrincha para um leitor e uma leitora da AGEMDA que acertarem os nomes de todos os ícones pop e vintage do Eduardo Denne, na ordem, claro. E deixa nome completo, hein?
Garrincha na cartilha educativa do projeto
Este trabalho já ganhou destaque na mídia, já foi exposto em grandes dimensões na exposição Procura-se, no Espaço Furnas Cultural, em 2008, em sala especial no Parede, a Encarcerado, mas continua sem empresas interessadas em patrocinar a idéia.
Julia, de Parada de Lucas, uma das crianças pop das comunidades do Rio retratadas para o prêmio Orilaxé 2008, do Afrogeggae. Criei um álbum no photobucket com todas as outras, muito lindas.
Outros personagens na cenografia do Orilaxé 2007, com direção de arte de Gringo Cardia. Ambos os trabalhos pro Afrogeggae foram feitos em parceria com Carlo Filardi
Eduardo Denne fica no anonimato: é tudo pelos personagens
O Eduardo é um grande apaixonado pela arte de rua e pela cultura popular brasileira, e aproveita a entrevista informal com cerveja no Saara, na abertura da exposição do Pedro Varela, para sair em defesa do acervo do Museu Carmen Miranda, no Parque do Flamengo, que está sendo presevardo com dificuldades, falta de ar condicionado e recursos.
“O acervo deve ser levado, em breve, para o futuro Museu da Imagem e do Som, na Atlântica.” Este patrimônio cultural, que ganhou holofotes na Bienal de São Paulo, na última São Paulo Fashion Week, não pode ser esquecido entre tantas homenagens pelo centenário da cantora.
Ah, e aguardem: AGEMDA e PAREDE estão preparando um superopost aqui pro blog. Tamo junto!
Nenhum comentário:
Postar um comentário